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JNG lança campanha de financiamento coletivo para desenvolver projeto-piloto de moradia independente para pessoas com deficiência

JNG lança campanha de financiamento coletivo para desenvolver projeto-piloto de moradia independente para adultos com deficiência


  • Inédito no Brasil, projeto é uma evolução no conceito de autonomia e inclusão social
  • Segundo IBGE, são 2,6 milhões de pessoas com deficiência intelectual no Brasil
  • Modelo é baseado na britânica Ability Housing, que existe há mais de 20 anos
  • Projeto-piloto fica pronto em junho de 2019

Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2018. O Brasil já deu passos importantes na educação, na saúde e no primeiro emprego para a inclusão de jovens e adultos com todo tipo de deficiência, que são mais de 21 milhões de pessoas no Brasil. Apenas na cidade do Rio,  são mais de 3 milhões de pessoas (Censo 2010).

Agora, é preciso avançar para que possam conquistar moradia adequada e acessível, qualidade de vida e exercitar seus direitos. Direitos, aliás, garantidos na Lei Brasileira da Inclusão.


Por isso, o Instituto JNG lança campanha de financiamento coletivo para desenvolver o projeto-piloto de moradia independente para pessoas deficiência intelectual, inédito no mercado brasileiro. O modelo será o da Ability House (https://www.ability-housing.co.uk/), no Reino Unido, que já existe há mais de 20 anos e é parceira do JNG desde a fundação do Instituto.


No evento de lançamento da campanha, que reuniu 60 pessoas no anfiteatro da PUC-Rio, Flávia destacou que a moradia é estratégia para autonomia e vida independente das pessoas com deficiência. É um passo importante para a socialização, para conquistar um trabalho, uma ocupação. Ela acredita que, ao focar nas necessidades e questões do deficiente intelectual, o projeto-piloto automaticamente pode ser adaptado a moradores com qualquer tipo de deficiência.




ELA lembrou como é impactante na nossa vida quando saímos da casa de nossos pais, seja para trabalhar, para estudar, para casar. “Essa transição é libertadora e fundamental. A moradia é estruturante, é na nossa casa que a gente desenvolve nossa identidade, nossa independência, nossa autonomia, onde organizamos as nossas coisas”, diz Flávia.


A diferença entre moradia independente e moradia assistida foi outro ponto fundamental esclarecido durante a palestra de Flávia.



A moradia urbana independente para jovens adultos com deficiência intelectual é uma evolução no conceito de autonomia e autossuficiência para essas pessoas, reduzindo as barreiras que impedem o convívio entre pessoas de todo o tipo e seus meios de se comunicar e viver em sociedade.


Os potenciais moradores e suas famílias terão papel fundamental nesse processo: o Instituto jng irá ouvir seus anseios, o que desejam e como imaginam ser a moradia ideal, para fazer valer o lema da Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência: “NADA SOBRE NÓS... SEM NÓS.”






“Nosso objetivo é arrecadar R$ 170 mil reais e, em junho de 2019, entregar um projeto-piloto e todos os instrumentos necessários para a operação”, destacou Flavia Poppe, diretora do JNG. “Isso inclui, além dos imóveis, equipe de mediadores, programa de apoio individualizado, sistema de monitoramento e avaliação dos serviços, seguro e financiamento, contratos para garantir segurança jurídica aos atores envolvidos”, conclui Flávia.


O que é moradia independente?

A premissa central do modelo de moradia independente é a crença de que qualquer pessoa com deficiência intelectual pode aprender a viver em seu próprio espaço, e que para viver sozinha precisa de alguns apoios e mediações. O Programa de Apoio Individualizado – P.A.I. – é um conjunto de ações contínuas, com prazo estipulado, para aprimorar funcionalidades e habilidades da pessoa com deficiência para que ela tenha autonomia em sua moradia. São identificadas por um profissional capacitado e discutidas com o futuro morador e, em alguns casos, com seus familiares. Esse olhar técnico e ao mesmo tempo cuidadoso é fundamental que o PAI seja efetivo e de qualidade.  


Campanha de financiamento coletivo

A campanha no Kickante segue até o dia 30 de janeiro de 2019. O objetivo é arrecadar R$170 mil reais para o desenvolvimento do primeiro projeto-piloto de moradia independente do Brasil. “O investimento será realizado em 4 eixos – declaração do Fernando”

  1. Formação do primeiro grupo piloto com jovens adultos com deficiência que estejam dispostos a ser parte dessa experiência inédita.

  2. Elaboração dos Programas de Apoio Individualizado (P.A.I.), definição de protocolos, seleção e capacitação de equipe de mediadores. O PAI será executado por especialistas em comunicação alternativa, com base na metodologia utilizada no Reino Unido. A partir de entrevistas com as famílias, moradores e profissionais, serão feitas as adaptações à realidade brasileira por meio da estimativa de horas dedicadas e estruturação dos provedores de serviços.

  3. Mapeamento e seleção de potenciais imóveis, viabilidade econômica e custo final, a partir de análise urbanística e arquitetônica executada por equipe multidisciplinar de arquitetos e consultores imobiliários.

  4. Estruturação do modelo de governança, que garanta a qualidade e funcionamento de todos os serviços a partir de um modelo de acreditação, para que os prestadores de serviços sejam certificados e monitorados.    

  5. Definição de alternativas de financiamento e seguro.

  6. Elaboração de modelos de contratos para garantir segurança jurídica a todos os atores, da incorporadora imobiliária, a moradores e prestadores de serviços.

www.institutojng.org.br

O Instituto JNG iniciou sua jornada há 5 anos, com o propósito de sensibilizar a sociedade brasileira sobre moradias independentes para pessoas com deficiência intelectual. Hoje, é fonte e referência sobre o tema e colabora com governos e formuladores de políticas públicas como especialista, tendo proposto um conjunto de ações para a regulamentação dos artigos 31, 32 2 33 da Lei Brasileira da Inclusão.

Foi criado a partir de questionamentos de mães de jovens com Deficiência Intelectual (João, Nicolas e Gabriela) que, ao se confrontarem com o fim da fase escolar e os desafios que se apresentavam, decidiram buscar alternativas para a inclusão social de jovens adultos. Onde moram? Onde trabalham? Que lugares frequentam para se divertir e conhecer pessoas da mesma idade? Onde namoram?


Mais informações:

Ana Maria Machado :: 21-96906-0401 / moradia@institutojng.org.br

A sua doação vai além do valor financeiro,
ela apoia a conquista de autonomia de pessoas com deficiências.

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