JNG INAUGURA PRIMEIRA MORADIA INDEPENDENTE PARA ADULTOS COM DEFICIÊNCIA DO BRASIL
A primeira moradia independente do Brasil já é realidade e está sediada no ULiving, no Rio de Janeiro.Eduardo, Juliana, Manuela, Nicolas e Pedro são os pioneiros e, assim como milhares de jovens adultos, saíram da casa dos pais em busca de autonomia e independência. Aos poucos, aprenderão a cuidar do seu apartamento, a fazer suas escolhas e tomar decisões, vivendo sua rotina, sempre contando com os apoios que precisam e desejam. E, assim, irão desenvolver novas habilidades, conquistar confiança e celebrar os ganhos e desafios de uma vida adulta plena.
No Brasil existem mais de 17 milhões depessoas com deficiência e a maioria ainda busca exercer seu direito à vida independente. Faltam políticas públicas emancipatórias e iniciativas privadas nesse sentido. Depois de um intenso processo de inclusão e educação desde seu nascimento, existe uma lacuna na transição para a vida adulta de uma geração mais ativa, longeva, empoderada e consciente de seus direitos. Além disso, as famílias preocupam-se com o futuro desses jovens adultos.
Para o JNG, a moradia é estratégia para a vida adulta emancipada. Do simples fato de ter sua própria casa, sua privacidade, haverá muitos estímulos para que o adulto com deficiência amplie sua prática de autonomia, num processo contínuo de aprendizagem e desenvolvimento, como acontece com qualquer pessoa.
A moradia independente do JNG não tem função terapêutica, nem limite de idade ou tipo de deficiência - o que varia é o tipo e quantidade que cada pessoa necessita. Mesmo sendo altamente dependente, o adulto com deficiência pode e deve fazer suas escolhas, ainda que não tenha independência para executar tarefas.
Para a sociedade, a moradia independente é transformadora, estimulando e favorecendo a mútua interação de pessoas com e sem deficiência e o pleno acesso aos recursos da sociedade. Ela muda a dinâmica do convívio social nas comunidades, prédios e bairros, estimulando a inclusão e o aprendizado entre seus habitantes e frequentadores.
COMO FUNCIONA?
Na moradia independente do JNG cada pessoa tem seu próprio apartamento, mobiliado e equipado com TV, frigobar e cooktop. E os moradores contam com dois tipos de suporte:
Base de apoio 24 horas, no mesmo prédio, mas não dentro do apartamento: uma equipe de plantão monitora o dia a dia dos moradores e suas rotinas - como horários de trabalho, remédios, visitas, terapias, academia - e tomam providências em caso de imprevistos.
Apoio individualizado: para desenvolver e/ou aprimorar habilidades específicas de cada morador, de acordo com suas necessidades e escolhas.
O prédio não é exclusivo, é um apartamento como outro qualquer, em um prédio comum, com moradores diversos, com ou sem deficiência. O bairro conta com parques, museus, metrô e grande oferta de comércio e serviços, possibilitando que os moradores se integrem, naturalmente, com a comunidade local.
O propósito do JNG é promover a inclusão de adultos com deficiência, quebrando paradigmas e promovendo uma transformação na sociedade. “Isso só é possível quando conseguimos oferecer o apoio adequado, com respeito à dignidade e integridade da pessoa, seja quem ela for. Apoio que nasce da certeza de que as pessoas com deficiência devem ter autonomia para viver como são, mesmo com limitações.” diz Flávia Poppe, diretora e uma das fundadoras do Instituto JNG.
PIONEIRISMO E LABORATÓRIO PARA POLÍTICAS PÚBLICAS
Apesar da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência garantir o direito às moradias para a vida independente, há ausência de ações e propostas por parte dos governos e da iniciativa privada.
No diálogo com a sociedade, o Instituto JNG articula ações com os diversos atores: discute o tema com governos e outras organizações da sociedade civil; conversa com jovens com deficiência intelectual e seus familiares; sensibiliza arquitetos e urbanistas sobre o futuro das cidades do ponto de vista da acessibilidade e a real convivência com a diversidade humana; e ouve profissionais de educação e saúde que se dedicam ao desenvolvimento sócio-cognitivo de crianças com deficiência.
“Demos o primeiro passo em parceria com famílias pioneiras que, assim como nós, acreditam no modelo de moradia independente e trilharam esse caminho conosco”, explica Flavia Poppe, diretora e fundadora do Instituto JNG. “Enxergamos essa primeira moradia independente do JNG como um laboratório para políticas públicas, pois não perdemos de vista o projeto de viabilizá-la para o maior número possível de pessoas, e não apenas para aquelas que tenham condições de custear os gastos mensais”, conclui.
INSTITUTO JNG PROMOVE “JORNADA DA MORADIA INDEPENDENTE”
INSTITUTO JNG PROMOVE “JORNADA DA MORADIA INDEPENDENTE”
O adulto com deficiência pode morar sozinho?
Por que é importante sair da casa dos pais e ter seu próprio espaço?
Será que meu filho(a) está pronto para dar esse passo?
Que tipo de apoio ele(a) terá nas rotinas domésticas?
A Jornada da Moradia Independente irá debater e responder essas dúvidas que permeiam a cabeça e o coração de muitas pessoas com deficiência, seus pais e familiares, com olhar profissional e anticapacitista. É uma oportunidade para que as famílias conversem de maneira estruturada sobre esse passo tão importante que é se tornar adulto e sair da casa dos pais.
Ao percorrer a Jornada, você recebe:
1- Avaliação de Perfil e Autonomia: raio-x das habilidades do adulto com deficiência, bem como dos pontos de risco e estratégias para minimizá-los, para ampliar sua participação nas atividades dentro de casa e na vida em comunidade. É uma avaliação inédita no Brasil, com foco na moradia. É sobre ter sua casa, seu espaço e cuidar dele - com todos os apoios necessários para que isso se torne realidade.
2- Plano Personalizado de Apoio: define o tipo, quantidade e a frequência de apoio e pode ser adotado de imediato, inclusive por quem prefere permanecer morando com os pais. É um plano assertivo, para que o adulto com deficiência se desenvolva no que realmente precisa e deseja, de acordo com suas escolhas - e, aos poucos, conquiste confiança e celebre os ganhos e desafios de uma vida adulta plena.
3- Mentorias e Reuniões de Acolhimento: 17 encontros conduzidos pelas especialistas do JNG e convidados, com reflexões e debates sobre sentimentos, crenças, barreiras, inseguranças e preocupações sobre moradia e vida adulta da pessoa com deficiência.
O questionário “Habilidades e Desafios para Moradia Independente do JNG”é o ponto de partida. A família é entrevistada sobre as rotinas e atividades nas áreas de lazer, estudos, trabalho, segurança, finanças, saúde, alimentação, cuidados pessoais, cuidados com a casa, mídias sociais, entre outros.
Como funciona?
Mentorias semanais exclusivas com os filhos(as)
Mentorias quinzenais exclusivas com os pais
Encontro com irmãos
2 reuniões de acolhimento para toda a família
Entrevistas individuais
Para o JNG, o adulto com deficiência intelectual pode ter a perspectiva de sair da casa dos pais e ter seu próprio espaço, com autonomia e o mais independente possível, em um processo de aprendizagem contínua e empoderamento. Basta ter o apoio necessário,individualizado e profissional
Para o JNG, o adulto com deficiência pode ter a perspectiva de sair da casa dos pais e ter seu próprio espaço, com autonomia e o mais independente possível, em um processo de aprendizagem contínua e empoderamento. Basta ter os apoio necessário, individualizado e profissional.
Sobre o Instituto JNG: estamos lançando a primeira moradia independente para pessoas com deficiência do Brasil, projeto inovador e com metodologia exclusiva. Não há restrição de idade ou tipo de deficiência. Sem isolamento, sem residências segregadas, com privacidade, liberdade e autonomia, como garantido na Convenção da ONU e na Lei Brasileira de Inclusão.
A moradia independente JNG promove a cidadania e a participação de adultos com deficiência intelectual, ampliando a inclusão no bairro e na comunidade, além de possibilitar o envelhecimento saudável e com dignidade. E, para a sociedade, é uma oportunidade de aprender com a diversidade.
JNG INICIA PROJETO-PILOTO DE MORADIAS INDEPENDENTES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS DO BRASIL
Rio de Janeiro, novembro de
2020. O
Instituto JNG comemora a formação dos primeiros grupos-pilotos de moradias
independentes com suporte individualizado para pessoas com deficiência. Dentre
mais de 30 inscritos, 16 famílias decidiram participar do projeto, sendo 17
jovens e adultos com idade entre 19 e 41 anos. São dois grupos-pilotos, sendo
12 famílias no Rio de Janeiro e 4 em São Paulo.
“É um marco e uma
conquista para a sociedade brasileira, porque o JNG olha para os jovens que se
beneficiaram da educação inclusiva, venceram barreiras e saíram da
invisibilidade, mas chegam à fase adulta e não podem escolher onde, como e com
quem vão morar.”, destaca Flavia Poppe, fundadora e diretora do
Instituto JNG.
O projeto-piloto de moradias
independentes terá três fases. A Fase 1 - Preparatória começou no início
do mês e segue até abril de 2021, enquanto os filhos(as) ainda moram com os
familiares. O objetivo principal é mapear a rotina e expectativas de toda a
família e, prioritariamente, ouvir os sonhos e desejos do futuro morador,
identificando suas habilidades e seu nível de autonomia. A partir daí, é
traçado um plano de suporte individualizado.
Durante esses seis meses, as
famílias também participam de reuniões e palestras, avaliam alternativas de
imóveis, modelo de sustentabilidade financeira e jurídica. Ao final desse
período, recebem um relatório técnico com avaliação da equipe de
especialistas sobre o nível de autonomia e habilidades do(a) futuro(a) morador(a) a serem desenvolvidas, para que ele ou ela possam viver de forma mais
independente possível, com os apoios que forem necessários e até três
alternativas de opções imobiliárias para locação.
No encerramento da Fase
Preparatória, as famílias decidem se seguem para a Fase 2 - Decisão e Formalização, de mudança de casa. A Fase 3 já é a
operação do dia a dia e engloba o
monitoramento de rotinas e a avaliação contínua dos programas de apoio e da
qualidade dos serviços, com métricas e indicadores.
TRANSIÇÃO
PARA A VIDA ADULTA
“É uma quebra de
paradigma. A moradia deve ser pensada como pedra angular da transição para a
vida adulta, com todos os desafios inerentes à saída de casa dos pais e da
construção de uma vida com autonomia e independência. “, frisa Flavia
Poppe.
No caso da pessoa com
deficiência, esse desafio é ainda maior, principalmente porque ainda é um tema
pouco discutido e permeado por nãos: não pode, não consegue, não quer, não
sabe… A
moradia é um dos pilares dessa transição, e na sua privacidade vai se
estruturando, aos poucos, a nossa identidade, a nossa autonomia, nível
independência, mas também nossas necessidades e nível de apoio. É importante
que a pessoa com deficiência intelectual possa ter a perspectiva de sair da
casa dos pais, assim como um trabalho/ocupação e uma vida social própria.
O Instituto JNG acredita que
qualquer pessoa pode ter sua própria casa, pode morar sozinha ou com alguém de
sua escolha, desde que tenha o suporte necessário para dar conta das tarefas
rotineiras. Esse apoio é dado por uma equipe de profissionais especializados,
levando em consideração as habilidades, necessidades e desejos de cada pessoa.
A equipe técnica do projeto-piloto é formada por um time de 5 profissionais
especializadas em pedagogia, psicologia e assistência social, recrutadas e
capacitadas para supervisionar o serviço de apoio de forma individualizada cada
participante.
A moradia não deve ser
pensada como “fim de linha”, uma preocupação quando os pais morrerem, nem como
obrigação ou sobrecarga para os irmãos e/ou familiares. Mas sim como um caminho
natural, que pode ser trilhado com segurança e todo o apoio profissional
necessário para que a pessoa com deficiência possa viver em seu próprio espaço,
fazendo escolhas com autonomia e independência na sua rotina doméstica.
“Imagina a felicidade de poder visitar a casa de sua filha com TEA, Síndrome
de Down ou qualquer outro tipo de deficiência, almoçar com ela, conhecer a
decoração de seu quarto, conversar sobre suas conquistas"” diz Flavia.
Sobre o Instituto JNG: J,N e G são as iniciais de
João, Nicolas e Gabriella, três jovens com deficiência intelectual que eram
amigos de escola. Suas mães compartilhavam preocupações e angústias sobre a
falta de perspectivas após o término da fase escolar. Para onde vão? Como
buscar capacitação? Vão trabalhar? Onde vão morar? A cada pergunta o horizonte
se fechava ainda mais. Assim, em 2010 decidiram fundar o Instituto JNG para
promover o debate sobre a vida adulta das pessoas com deficiência intelectual,
focando em um tema pouco abordado, por conta da sua complexidade: o direito à
moradia. E o que era um problema, hoje transformou-se numa solução.
NOTA DE REPÚDIO AO PNEE 2020. SEGREGAR NÃO É INCLUIR!
A Rede Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Rede-In), composta por 20 entidades da sociedade civil, manifesta intenso repúdio ao Decreto n° 10.502/2020,
publicado em 1o de outubro de 2020, pelo Governo Federal. Acreditamos que todas as crianças, adolescentes e jovens tem o direito de conviver em sociedade em equiparação de condições e oportunidades. É missão da escola
incluir e formar cidadãos que compreendam as diferenças e respeitem a
singularidade humana. Não podemos resolver a ineficiência do sistema
educacional brasileiro apartando as pessoas com deficiência!
A Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva Inclusiva foi construída mediante intenso debate com a sociedade
civil e alinhada com os princípios da Constituição Federal. É inaceitável que,
por meio de Decreto Presidencial, sem qualquer legitimidade democrática, se dê
um retrocesso de mais de 30 anos de luta pela inclusão e diversidade. Decreto
esse que não foi referendado pelo Conselho Nacional dos Direitos de Pessoas com
Deficiência e fere o Artigo 4, item 3, da Convenção e vai de encontro ao lema
dos movimentos de pessoas com deficiência: NADA SOBRE NÓS SEM NÓS.
Vamos nos mobilizar para que o Decreto emitido pelo Governo seja
revogado ou declarado inconstitucional e ilegal, por todas as vias possíveis. A
"nova" política regride para um paradigma antigo e já ultrapassado de
segregação de estudantes em classes e escolas especiais, sendo flagrantemente
inconstitucional. Além de deturpar o conceito de inclusão, ele dispõe que
determinados estudantes “não se beneficiam da educação regular inclusiva”, algo
que não se justifica nem jurídica nem cientificamente, já que diversas
pesquisas comprovam que a inclusão escolar é benéfica para toda a sociedade,
além de ser desejo da maioria da população brasileira e direito constitucional
e humano de todos os estudantes, com ou sem deficiência.
A Constituição Federal (artigos 1o, III, 3o, IV, 5o, caput, 205, 208,
III), assim como a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
(Artigos 3 e 24), impõem o dever de assegurar sistema educacional inclusivo em
todos os níveis. Essa também é a meta de número 4 dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4. Apesar da tentativa da atual Política de
fazer parecer que cabe na inclusão a existência de um sistema de ensino
segregado em escolas especiais, o Comentário Geral no 4 (2016) do Comitê de
monitoramento da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência sobre o
direito à educação inclusiva já deixou bem claro que escolas especiais não são
modelos inclusivos.
A justificativa do atual governo para a promulgação
de tal Política seria a de garantir o direito das famílias de escolherem o
melhor para seus filhos, porém não há possibilidade de escolha quando o único
sistema educacional possível é o inclusivo.
O Brasil precisa de investimento em educação
inclusiva para possibilitar a formação inicial e continuada de professores, a
incorporação de metodologias, abordagens e estratégias de desenho universal de
aprendizagem e que considerem as diferenças e singularidades de cada estudante,
a eliminação de barreiras de acessibilidade e de aprendizagem, e assim criar um
ambiente educacional justo e profícuo para todos.
A criação de tal ambiente, contudo, não ocorrerá se os investimentos -
que deveriam ser direcionados à escola pública e regular, de maneira prioritária
- forem, agora, destinados a instituições especializadas. Cabe ressaltar,
ainda, que as instituições especializadas funcionam também como clínicas,
oferecendo atendimentos terapêuticos às pessoas com deficiência. Muitas
famílias se sentem contempladas por este tipo de abordagem, porque têm acesso a
terapias para seus filhos. É importante ressaltar, todavia, que não cabe à
escola o papel de fornecer atendimentos de saúde.
Escola é lugar de aprendizagem, é lugar de conviver com as diferenças e
de acolhê-las. Precisamos, então, defender a continuidade dos investimentos na
escola regular, e também no SUS e no SUAS, para que os direitos à educação e à
saúde de qualidade sejam garantidos.
#EscolaEspecialÉSegregação
A Rede-In é composta por:
● Federação Brasileira das Associações de Síndrome
de Down – FBASD
● Instituto Rodrigo Mendes
● Escola de Gente - Comunicação em Inclusão
● Associação Nacional de Membros(as) do Ministério
Público em Defesa das Pessoas com Deficiência e Idosos – AMPID
● Instituto Jô Clemente – IJC
● Rede Brasileira do Movimento de Vida Independente
– Rede MVI
● Associação Brasileira para Ação por Direitos das
Pessoas Autistas (Abraça)
● Associação de Pais, Amigos e Pessoas com
Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade – APABB
● Coletivo Brasileiro de Pesquisadores e
Pesquisadoras dos Estudos da Deficiência – MANGATA
● Associação Brasileira de Ostomizados – ABRASO
● Mais Diferenças – Educação e Cultura Inclusivas
● Organização Nacional da Diversidade Surda – ONAS
● Visibilidade Cegos Brasil
● Associação Nacional de Emprego Apoiado – ANEA;
● Associação dos Familiares Amigos e Portadores de
Doenças Graves – AFAG
INSTITUTO JNG ABRE "WEBINÁRIO MULTIÁLOGO", DO FÓRUM PAULISTA DE ENTIDADES DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
JNG
abre a série Webinário Multiálogo, do Fórum Paulista de Entidades da
Pessoa com Deficiência
Evento
virtual continua debate sobre os temas do II Multiálogo, realizado em 2019:
Vida Adulta, Empregabilidade, Previdência e Seguridade Social
Nesta sexta-feira, 02 de outubro, às 11h, o Fórum Paulista de Entidades de Pessoa com
Deficiência lança o Webinário Multiálogo: Vida Adulta, Autonomia e Moradia
Independente para a Pessoa com Deficiência, transmitido ao vivo no Facebook do
Fórum.
Fundadora e diretora do Instituto JNG, Flavia Poppe é a primeira
convidada e abordará o modelo de
moradia independente do ponto de vista da transição para a vida adulta. Com sete
anos de atuação na defesa da autonomia e independência da pessoa com
deficiência, o JNG está viabilizando grupos-pilotos, em São Paulo e no Rio de
Janeiro, para implementar a primeira moradia independente do Brasil. A Fase 1
inicia-se em outubro e dura 6 meses. No encerramento dessa fase, as famílias recebem um relatório
técnico com avaliação da equipe de especialistas sobre o nível de autonomia do
potencial morador, funcionalidades e habilidades a serem desenvolvidas
para gerenciar suas rotinas domésticas.
O Fórum Paulista de Entidades de Pessoas com Deficiência é um coletivo apartidário de
Organizações da Sociedade Civil que promove empoderamento e articulação de
Políticas Públicas em prol das Pessoas com Deficiência, com o objetivo de unir,
fortalecer e ressignificar as ações do processo de inclusão da Pessoa com
Deficiência, seja na esfera pública como privada, com fundamentos no respeito à
diversidade humana e acessibilidade de toda natureza.
O Webinário Multiálogo é uma realização conjunta do
Fórum com a Associação Paulista de Autismo e conta com o apoio do
Memorial da Inclusão, unidade museológica da Secretaria de Estado dos Direitos
da Pessoa com Deficiência de São Paulo e da Organização Social - Abaçaí Cultura
e Arte.
Serviço:
Webinário
Multiálogo - Vida Adulta: Autonomia e Moradia Independente para a Pessoa com
Deficiência
INSCREVA-SE NOS GRUPOS-PILOTOS DE MORADIA INDEPENDENTE DO INSTITUTO JNG
Fase 1- Preparatória dura seis meses,
enquanto os filhos ainda moram com os familiares
Ao final desse período, a família
decide se continua no grupo-piloto para seguir para a fase de mudança de casa
O Instituto JNG está formando grupos-pilotos para viabilizar a primeira
moradia independente do Brasil. Em São Paulo, Rio de Janeiro e
Porto Alegre já há famílias mobilizadas, mas o projeto pode ser implementado em
qualquer cidade do país, basta um mínimo de 12 pessoas inscritas.
O
projeto-piloto de moradias independentes terá três fases, sendo que a Fase 1-
Preparatória, tem duração de seis meses, enquanto os filhos(as) ainda moram com os familiares. “É um período de muita conversa e troca com
as famílias, para esclarecer dúvidas e aprofundar angústias. Tenho certeza que será rico
em aprendizados”, ressalta Flavia Poppe, fundadora e diretora do
JNG.
O escopo de atividades engloba entrevistas com
moradores, familiares e rede de apoio, prospecção de imóveis e pareceres jurídicos sobre modelagem do
negócio e contratos. No final desse período, a família
decide se continua no grupo-piloto para seguir para a fase de mudança de casa. E recebe um relatório técnico, elaborado pelas especialistas do JNG, sobre o grau de autonomia atual da
pessoa com deficiência e quais habilidades e funcionalidades a serem
desenvolvidas.
Inédito no Brasil, a moradia independente do JNG tem como referência a Ability Housing, organização britânica com
a qual mantém acordo de cooperação técnica para utilizar sua metodologia,
processos e protocolos dos serviços de apoio individualizado.
A moradia
independente não tem função de assistência médica; é baseada no modelo social
da deficiência, que identifica e busca remover as barreiras que transformam
limitações em deficiências.
A adaptação dos instrumentos da Ability Housing à realidade brasileira
foi realizada por especialistas em educação e inclusão da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro - UERJ. Já a formalização jurídica
entre as partes (condomínio, proprietário, inquilino, prestador do serviço de
apoio comum, prestador do serviço personalizado), foi modelada em parceria com
a Fundação Getúlio Vargas – FGV Direito Rio.
O Instituto
JNG será mentor e coordenador do grupo-piloto, embasado em sua trajetória e
conhecimento sobre a estruturação, organização, financiamento e operação de moradias
independentes para pessoas com deficiência, principalmente a deficiência
intelectual.
Transição para a vida adulta
Desde sua fundação, há 7
anos, o Instituto JNG discute a transição para a vida adulta da geração de
jovens que se beneficiaram da educação inclusiva, com foco em um tema pouco
abordado, por conta da sua complexidade: o direito à moradia.
A moradia é um dos
pilares da vida adulta e na sua privacidade vai se estruturando, aos poucos,
autonomia e independência. A pessoa com deficiência intelectual precisa ter a
perspectiva de sair da casa dos pais, assim como um trabalho/ocupação e uma
vida social própria, para que faça a transição para a vida adulta de forma
digna, com autonomia e o mais independente possível.
O JNG está pronto para implantar o modelo de
moradia independente no Brasil. “Qualquer pessoa pode
morar sozinha ou com alguém de sua escolha, desde que
tenha o suporte necessário para dar conta das tarefas rotineiras. Esse apoio é
dado por uma equipe de profissionais especializados, levando em consideração as
habilidades, necessidades e desejos de cada pessoa.”, explica Flavia Poppe.
O Programa de Suporte Individualizado (P.S.I.)
é o pilar do projeto de moradias independentes e presta os apoios necessários à
pessoa com deficiência para que ela tenha autonomia nas atividades da vida
cotidiana. São mapeados habilidades, necessidades e desejos a partir de
entrevistas com o potencial inquilino, familiares e, eventualmente, com a rede
de apoio e profissionais que atendem a pessoa.
O P.S.I. se subdivide em dois: o
PMR - Programa de Monitoramento de Rotinas, com equipe de apoio 24h, que
presta o serviço de "Home Support" para todos os inquilinos; e o PP - Programa
Personalizado, contratado à parte, para desenvolvimento de habilidades
específicas de cada morador. O P.S.I. conta com supervisão profissional,
metodologia, metas, avaliações, controle de qualidade, retroalimentação e
ajustes contínuos.
Para acessar o Perguntas e Respostas, clique aqui.
Prazo de inscrição: 21 de setembro de 2020.
Sobre o Instituto
JNG: Organização da Sociedade Civil que atua em prol da
autonomia e independência de adultos com deficiência intelectual, com foco em
moradias independentes.
J, N e G são as
iniciais de João, Nicolas e Gabriella, três jovens colegas de escola na
condição do espectro do autismo (T.E.A.). Ana, Flavia e Mônica, suas mães,
compartilhavam preocupações e angústias em projeção ao momento de encerramento
da fase escolar. Decidiram fundar o Instituto JNG para promover o debate sobre
a transição para a vida adulta das pessoas com deficiência intelectual, focando
em um tema pouco abordado, por conta da sua complexidade: o direito à moradia.
Evento aborda o modelo do Instituto e formação de grupos-pilotos
O Instituto JNG promove o webinar gratuito “Formação de grupo-piloto de moradias independentes do JNG”, no dia
10 de julho, às 11h, no zoom. Flavia Poppe explicará como funciona na prática o
modelo do Instituto, as fases e forma de adesão ao grupo-piloto, e o papel do
JNG como gestor e articulador. Quem se interessar, poderá se inscrever para
participar do grupo-piloto e seguir no processo.
O objetivo é formar grupos-pilotos com até 12 jovens adultos com
deficiência, para viabilizar a primeira moradia independente do Brasil. “A
princípio em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde já há famílias mobilizadas.
Mas estamos mapeando interessados em todo o Brasil para conversarmos e
avaliarmos juntos a possibilidade de projetos locais.”, afirma a fundadora e diretora
Flavia Poppe.
No webinar, Flavia irá abordar temas como importância do tipo e
localização de imóveis, número ideal de moradores, seleção, perfil e
capacitação de profissionais, metodologia, “home support” (que funciona
24hx7), programa personalizado (contratado à parte), instrumentos jurídicos,
período e fases do grupo-piloto, adesão e responsabilidades, orçamentos e
investimento.
O Instituto JNG será mentor e
coordenador do grupo-piloto, embasado em sua trajetória e conhecimento sobre a
estruturação, organização, financiamento e operação de moradias independentes
para pessoas com deficiência, principalmente a deficiência intelectual. “No
final de 2018 lançamos o projeto-piloto. Ao longo de 2019 estruturamos processos e protocolos de serviços do
"Home Support" e do Programa Personalizado (P.P.), e debatemos sobre
a fundamentação jurídica que garante a segurança necessária para todos os
envolvidos. A formação do grupo-piloto acontece no momento oportuno.”, comemora Flavia.
A partir de um acordo de cooperação técnica com a organização britânica
Ability Housing em 2011, o Instituto JNG adaptou à realidade brasileira os
instrumentos e método para o desenvolvimento de programas de apoio
individualizado. Já a formalização jurídica entre as partes do projeto de
moradia independente (condomínio, proprietário, inquilino, prestador do serviço
de apoio comum, prestador do serviço personalizado) foram estudados e modelados
em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. A parceria do Instituto JNG com o
Laboratório de Assessoria Jurídica ao Mercado de Capitais da FGV permitiu ainda
o desenvolvimento de soluções de captação de recursos via emissão de debêntures
com cláusula de impacto social (Instrução 588 da CVM).
Desde sua fundação, em
2013, o Instituto JNG defende a causa das moradias independentes para pessoas
com deficiência intelectual. Ao longo dos anos, direcionou seus esforços para a
sensibilização do poder público, do mercado, dos jovens com deficiência e seus
familiares. “Qualquer pessoa pode morar sozinha ou com alguém de sua
escolha - o que varia é o número de horas de apoio profissional
dedicadas ao desenvolvimento de suas habilidades para conquistar autonomia e
vida independentes.”, conclui a presidente do JNG.
“Formação de grupo-piloto de moradias independentes do JNG”
JNG COMEMORA RESULTADOS DA CAMPANHA “JUNTOS, PODEMOS MORAR SOZINHOS. E COM A COVID-19”?
Mobilização de jovens com deficiência, ampliação do diálogo com suas famílias e com o poder público, e a formação do grupo-piloto de moradias independentes são os resultados da parceria do JNG com Daniela Karmeli e Juliana Righini, especialistas e consultoras com vasta experiência na área de pessoas com deficiência.
A campanha “Juntos, podemos morar sozinhos – e com a COVID-19?” nasceu com o objetivo de oferecer recursos para que famílias e pessoas com deficiência, tendo suas rotinas de vida bruscamente alteradas, pudessem refletir sobre diferentes maneiras e significados da ocupação e convivência dentro de casa.
O sucesso do conteúdo produzido ao longo de dois meses e o engajamento nas lives semanais comprovaram o grande interesse pelo tema moradias e, especificamente, moradias para pessoas com deficiência. “Afinal, nunca passamos tanto tempo dentro de nossas casas, reorganizando espaços, otimizando o tempo e dividindo tarefas, convivendo intensamente com nossos familiares”, destaca Juliana Righini.
Eram muitas as questões a serem discutidas. Como os jovens adultos com deficiência estavam se comportando nesse espaço confinado e intenso? Como participavam das decisões familiares? Esse momento poderia se tornar uma oportunidade, para que a pessoa com deficiência intelectual pudesse se desenvolver, treinar habilidades e conquistar autonomia? Como seria se ela estivesse morando em seu próprio espaço, com o apoio profissional adequado às suas necessidades? E a relação com os irmãos, a rede de apoio, os colegas de trabalho? Como os governos se articulam para atender às diferentes demandas?
Nesse contexto da pandemia, o que começou com uma série de reflexões sobre os desafios enfrentados pelos jovens com deficiência e suas famílias, culminou em algo que o JNG almeja há 2 anos, quando lançou campanha de financiamento coletivo para lançar seu projeto-piloto: viabilizar o modelo de moradias independente. “Em julho abriremos inscrições para a formação do grupo-piloto”, comemora Flavia Poppe, diretora do Instituto JNG.
Depois desse projeto, a parceria do Instituto JNG com Daniela Karmeli e Juliana Barica Righini ampliou-se, com o objetivo de disseminar e implementar a metodologia da Moradia Independente no Brasil. “Foi uma jornada repleta de aprendizados, reflexões e conquistas.”,afirma Daniela. “Estamos muito felizes com os resultados e com as inúmeras possibilidades de parceria”, conclui.
LIVES FORAM PAUTADAS PELA DIVERSIDADE DE CONVIDADOS
O objetivo das lives foi estimular o debate sobre a oportunidade que esse momento do “fique em casa”, por causa da COVID-19, dialogando com diferentes atores e fomentando o debate sobre autonomia autonomia e vida independente da pessoa com deficiência. Abordamos o convívio entre irmãos, os diferentes tipos de residências existentes hoje no Brasil, as dúvidas dos jovens e das famílias sobre morar sozinho e o modelo inovador do JNG, o olhar do poder público e o papel da sociedade civil.
Foram cinco lives em um mês e a resposta da audiência foi muito positiva, com alto grau de engajamento. No total, reunimos mais de 300 pessoas ao vivo e alcançamos mais de 20.800.
Na primeira live, Flavia Poppe conversou com Juliana Righini e Daniela Karmeli sobre o “Desenvolvimento De Habilidades E Autonomia Da Pessoa Com Deficiência Durante A Quarentena”.
Na pauta, a superproteção dos pais, as dificuldades com a distância de colegas de trabalho, terapeutas e amigos, a participação nas conversas e decisões familiares, a influência do espaço físico e do ambiente. A audiência reuniu pessoas com deficiência, suas mães, representantes de OSCcs, profissionais da área da saúde e arquitetos.
Comentários retirados da live:
“Meninas, vocês estão arrasando…
falar sobre morar sozinhos, isso é muito importante.”
Laura Negri
“Como iniciar uma conversa saudável com nossos filhos,
se temos medo de ouvir o que eles querem dizer? Nos dê caminhos.”
Nancy Pereira da Costa
“Nós arquitetos precisamos pensar ao desenvolver projetos,
ambientes que estimulem o aprendizado e as sensações.
Parabéns pela live meninas e por compartilharem tanto!”
Tainá Bortotto
Os atores principais da campanha, os jovens com deficiência intelectual, compartilharam sua trajetória e sua vivência na live “Autonomia E Independência Na Prática - Uma Conversa Sobre A Experiência De Jovens Que Já Moram Sozinhos”.
Reunimos cinco adultos, de diferentes idades, ocupações e regiões do país. Marcelo e Raquel são um casal com T21 que mora juntos há nove anos e está passando esse período com na casa de praia, com a família. Pedro Lima tem TEA e mora sozinho há mais de dez anos. Sem falar no Vinícius Streda! Decidiu morar sozinho após participar da Expedição 21 e hoje é palestrante e tem um canal no Instagram para falar sobre autonomia e vida independente. Já a designer Fernanda Schacker ainda vive com os pais, mas sonha em ter seu próprio espaço e pontuou suas dúvidas, angústias e percepções.
Comentários retirados da live:
“O empoderamento impacta na confiança em si mesmo e na confiança de estar
no mundo social, na relação com outras pessoas. Na verdade, construir um lugar
para si mesmo, a própria casa, é também construir um lugar empoderado para se relacionar!”
Maria Helena Versiani
“A avaliação da funcionalidade seria critério dos níveis diferentes de apoio?!
Ou seja, teriam moradias para os diferentes níveis de dependência?!
Para pessoas idosas independentes há o Projeto Vila Dignidade…
Seria algo do tipo para pessoas com deficiência independentes?!”
Paula Hiromi Kavadi
As inúmeras dúvidas que surgiram sobre “O Modelo De Moradia Independente Do JNG” motivaram os convites para a terceira live:
Fernanda Schacker e sua mãe, Míriam, e a autodefensora Jessica Mendes, juntamente com Daniela Karmeli e Juliana Righini, entrevistaram Flavia Poppe. Enquanto Fernanda e Miriam abordaram os riscos de pessoa com deficiência intelectual morar sozinha, Jessica trouxe vários aspectos interessantes sobre a Lei Brasileira de Inclusão.
Comentários retirados da live:
“Muito boa live com grande contribuição dessa
discussão envolvendo os jovens, pais e profissionais.”
Gislene Morais
”Eu preciso preparar o meu pai... porque eu quero morar sozinha”
Mari Amato
A quarta live contou com a presença de um personagem que não é muito visível no debate sobre a pessoa com deficiência: o irmão. “O Que Pensam Os Irmãos Sobre Autonomia E Independência?”
Foi uma conversa franca sobre os sentimentos que permeiam esse relacionamento ao longo da vida, lições aprendidas, responsabilidades, como preservar a individualidade, como se apoiam e veem o futuro. Nossos convidados foram Débora Goldzveig, do Projeto Irmãos; e os irmãos Carolina e Claudio Aleoni Arruda. Débora também compartilhou sua experiência à frente do projeto que fundou justamente para que irmãos de pessoas atípicas possam interagir e trocar experiências.
Comentários retirados da live:
“Sou mãe de uma linda pré-adolescente com SD e só me dei conta
de ser irmã de PcD há 2 anos. Quando eu nasci, meu irmão tinha 10 anos
e não lembro de ter tido essa percepção sobre as limitações de meu irmão,
foi sempre muito natural entender e amá-lo como ele é ...”
Vivi Reis
“Parabéns pela iniciativa da sequência de lives com temas
tão importantes e interligados, nos fazendo avançar nas reflexões.”
Catia Maia
Para encerrar, a visão do poder público sobre as moradias para pessoas com deficiência contou com a participação de Cid Torquato, Secretário municipal da pessoa com deficiência de São Paulo; e Geraldo Nogueira, presidente de honra da Comissão de direitos da pessoa com deficiência da OAB-RJ e assessor do gabinete da Prefeitura do Rio de Janeiro.
A live “moradias: diálogo entre a sociedade e o poder público” abordou a importância da articulação com outras secretarias e as instâncias de governo, possibilidades de financiamento, o papel da sociedade civil e parcerias público-privadas.
Comentários retirados da live:
“Não consigo vislumbrar alguma ajuda do poder público!!
Acredito mais em grupos privados! Admiro a batalha de vocês!
Mitzi Rezende Faver Linhares
“O secretário Geraldo tocou um ponto nevrálgico: o papel do setor privado.
A experiência internacional evidencia a centralidade do setor privado.
Existem propostas por parte das secretarias para criar incentivos para o setor privado?”
Maurício Blanco
Depoimento da Fernanda Schacker sobre morar sozinha:
Desde 2013 o Instituto JNG vem disseminando o debate sobre moradias para pessoas com deficiência e traz uma proposta pioneira e inovadora para promover a autonomia e vida independente de pessoas com deficiência, em especial para as pessoas psicoatípicas.
“Cada tipo de moradia atende diferentes tipos de pessoas, ou seja, não acreditamos que exista um ´tamanho único que sirva para todos´.Precisamos ter mais opções no Brasil e a moradia independente com apoio individualizado já é uma realidade na maioria dos países mais desenvolvidos.”, reforça Flavia Poppe, diretora do Instituto JNG.
JNG FORMA GRUPO DE TRABALHO PARA ESTRUTURAR PROGRAMA DE APOIO INDIVIDUALIZADO (P.A.I)
O Instituto JNG realizou a primeira
reunião do Grupo de Trabalho (GT) que irá estruturar processos e protocolos de
serviços do Programa de Apoio Individualizado (P.A.I.), um dos pilares do
projeto-piloto de moradias independentes para pessoas com deficiência. Com
duração prevista de 3 meses, o GT reúne seis especialistas e será liderado
por Flavia Poppe, presidente do Instituto.
O núcleo operacional é formado
por Gerusa Pontes de Moura, pedagoga especialista em mediação escolar e
processos educacionais, Mestranda em Educação na Universidade do Rio de Janeiro
(UERJ), com grande experiência na área da Saúde Mental; e Ana Paula Silva
Estevão, administradora de empresas com MBA em gestão de pessoas, certificada
pelo PMI (Project Management Institute), com 10 anos de experiência em
gerenciamento de projetos em empresas de grande porte.
O trabalho será desenvolvido a partir
do Protocolo de Personalização elaborado no ano passado pelas
consultoras Cristina Mascaro, professora adjunta do departamento de Educação Inclusiva
e Continuada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); e Livia
Vitorino, professora de Educação Especial e mestre em Inclusão e Educação
Especial, que também integram o GT. Cristina e Livia traduziram e
adaptaram as técnicas da Ability Housing – modelo e referência do JNG - à
realidade brasileira. O processo incluiu a validação e aplicação dos
instrumentos do Programa em jovens com deficiência intelectual e elaboração dos
primeiros protocolos para desenvolvimento e aplicação em escala do Programa de
Apoio Individualizado (P.A.I.).
Agora, o GT irá desenhar e definir os
processos para que o Programa de Apoio Individualizado seja aplicado, desde a
fase de cadastramento dos atores envolvidos (PcD, família, mediadores),
passando pela capacitação de profissionais até a operação, monitoramento,
avaliação e controle de qualidade.
Cátia Walter, professora do programa
de pós-graduação em Educação do departamento de Educação Inclusiva e
Continuada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) também
integra o Grupo de Trabalho. Cátia, mestre e doutora em Educação Especial,
acompanha o trabalho do Instituto JNG desde sua fundação, sempre nos inspirando
e reforçando nossa crença de que a perspectiva de moradia amplia a capacidade
de autonomia e garante uma vida o mais independente possível para pessoas que
convivam com limitações.
Cacília Helal completa o GT, trazendo
o olhar dos pais, suas dores e desafios. Pedagoga, psicomotricista e mestranda
em Educação pela UFP, em Portugal, é orientadora educacional do COLÉGIO MOPI,
no Rio de Janeiro, atuando no bem estar das relações entre
família/aluno/escola.
Flávia Poppe comemora mais essa etapa
estrutural do projeto-piloto. “Um trabalho sério e sustentável se faz com bases
sólidas e esse grupo de especialistas nos dá a tranquilidade e a certeza de que
o Instituto JNG veio para criar, inovar e oferecer soluções de real autonomia
para pessoas com deficiência“, conclui.
#FORÇAJNG: NOSSA CAMPANHA DE FINANCIAMENTO COLETIVO NO CATARSE
Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2019. Está no ar a nossa campanha de financiamento coletivo no Catarse - https://www.catarse.me/institutojng. O objetivo é mobilizar e engajar doadores, possibilitando que o Instituto JNG siga promovendo a inclusão social, autonomia e transição de jovens com deficiência intelectual para a vida adulta.
“O JNG completou 7 anos de existência em 2019, consolidando-se como referência em moradias independentes para pessoas com deficiência intelectual. Demos passos importantes para estruturarmos nosso projeto-piloto, com segurança jurídica e governança.“, destaca Flavia Poppe, fundadora e presidente do JNG. “Mas temos o desafio da sustentabilidade financeira e precisamos de apoio para seguir em frente, porque as doações são hoje nossa única fonte de receita.”, conclui.
Atualmente, o JNG ocupa um espaço cedido gratuitamente e conta com equipe de 16 pessoas, entre fundadoras, especialistas e voluntários, sem dedicação exclusiva, mas engajadas na luta pela diversidade e pela inclusão social.
A campanha de doações recorrentes no Catarse viabilizará um orçamento mensal e, consequentemente, permitirá ampliar o diálogo para todos os atores da sociedade: famílias, PcD, instituições de ensino, empresas, governos, bancos, OAB, Ministério Público, Organizações da Sociedade Civil e o ecossistema de negócios de impacto social.
O principal objetivo é compartilhar com mais pessoas, em todo o Brasil, conhecimento e informações sobre autonomia e transição para a vida adulta dos jovens com deficiência intelectual, trocando ideias e debatendo o modelo de moradias independentes. A meta é continuar a desenvolver as ações preparatórias para a concretização do projeto-piloto (protocolos de serviços, desenvolvimento de instrumentos de armazenamento de dados de cada morador, etc) e, além disso, estabelecer um calendário mensal de palestras e rodas de conversa gratuitas, além da participação em eventos técnicos.
O Instituto encerra 2019 com várias conquistas, em diferentes frentes de atuação: a parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a adaptação e validação dos instrumentos de avaliação (risk assessment) realizadas por profissionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a participação no Grupo de Trabalho de Moradia de Vida Independente da prefeitura municipal do Rio de Janeiro. O arcabouço do projeto-piloto está quase pronto, assim como o instrumento que permite desenvolvermos o Programa de Suporte Individualizado, na fase de busca de imóveis e alternativas de financiamento.
“Encerramos o ano com a certeza que estamos no caminho certo.”, celebra Flavia Poppe. “A campanha no Catarse nos dará fôlego para para continuarmos nessa jornada. ”
JNG DEBATE PERSPECTIVAS PARA O ADULTO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Nossa presidente Flavia Poppe participa, no dia 17 de agosto, do Simpósio 60 anos CIAM - A deficiência intelectual no Brasil. O evento reunirá especialistas de diversas áreas para debater melhores práticas e abordagens.
Flavia integra a mesa “O adulto com deficiência intelectual: inclusão no mercado de trabalho e moradia”, às 17h, juntamente com Márcia Melo e Luciana Bolognini Machado, com moderação de Flávia Chwartzmann.
O simpósio será no dia 17 de agosto, das 9h às 17h30, na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em São Paulo, SP.
O Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar – CIAM é uma associação beneficente, sem fins lucrativos, que tem como missão prestar assistência à pessoa com deficiência intelectual e seus familiares, buscando desenvolver sua confiança, autonomia e inclusão na sociedade.
JNG REÚNE FAMÍLIAS, MERCADO IMOBILIÁRIO, ARQUITETOS E FGV RIO PARA DEBATER PROJETO-PILOTO
No último dia 30 de maio o JNG reuniu os diversos atores envolvidos no projeto-piloto de moradias independentes para pessoas com deficiência para ouvir sugestões, críticas e questionamentos sobre o resultado da parceria com o Laboratório de Assessoria Jurídica ao Mercado de Capitais – LAMCA da FGV DIREITO Rio.
Os temas debatidos foram investimento e modelo para captação de recursos, segurança jurídica, características e local do imóvel, compra e aluguel, serviços (Programa de Suporte Individualizado é um dos pilares do projeto-piloto), usufruto vitalício e a perenidade do projeto.
Outra questão bastante discutida foi a replicação do modelo em outros estados. O JNG terá o papel de capacitação, certificação e monitoramento, além de viabilizar parcerias para compartilhar metodologia, know how, expertise e serviços.
“Para nós foi muito importante esse diálogo. É preciso ter certeza que nosso modelo atende às necessidades das famílias, com a segurança jurídica necessária. E que o modelo de investimento viabilize o projeto-piloto”, destaca Flavia Poppe, diretora do JNG.
INSTITUTO JNG INTEGRA GRUPO DE TRABALHO DO PROJETO MORADIA DE VIDA INDEPENDENTE, DA SUBSECRETARIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
O Instituto JNG é um dos integrantes do Grupo de Trabalho que irá discutir e colaborar com o projeto Moradia de Vida Independente, liderado pela Subsecretaria da Pessoa com Deficiência. O projeto tem o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e deve ser uma nova opção de residência para pessoas com deficiência que precisam de apoio e mediação para dar conta de suas rotinas domésticas.
O GT irá definir princípios e características desse novo modelo de moradia, com propostas concretas que serão avaliadas pelos órgãos responsáveis com apoio da Subsecretaria da Pessoa com Deficiência.
A partir do primeiro semestre de 2019, o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da FGV Direito Rio atende o Instituto JNG (https://www.institutojng.org.br/) no âmbito da Clínica LAMCA (Laboratório de Assessoria Jurídica ao Mercado de Capitais). Fundado em 2013, o Instituto JNG é uma organização social de interesse público (OSCIP), com sede no Rio de Janeiro, criada com o objetivo de promover a autonomia e vida independente de adultos com deficiência intelectual por meio da sensibilização e debate sobre moradias independentes com apoio individualizado. Trata-se de um modelo desenvolvido no Reino Unido (Ability Housing) e que, desde 2018, vem sendo adaptado à realidade brasileira para que seja implementado como projeto piloto no Brasil.
Supervisionados pelo professor Carlos Augusto Junqueira, alunos e alunas prestarão consultoria gratuita para a apresentação de modelagem jurídica para captação de recursos por sociedade anônima (S.A.) emissora de valores mobiliários com cláusula de impacto social, a ser controlada por associação sem fins lucrativos.
Segundo Carlos Augusto Junqueira, Supervisor da Clínica LAMCA, “São basicamente duas novidades que desejamos incorporar ao modelo jurídico tradicional de captação de recursos: (i) os valores mobiliários emitidos possuírem uma ‘cláusula de impacto social’, permitindo maior ou menor remuneração dos investidores em função dos resultados medidos, auditados e alcançados; e (ii) a controladora da emissora ser uma associação do terceiro setor, em simbiose inédita cujo tempo parece ter chegado, sobretudo pelo (a) amadurecimento do mercado de capitais para abraçar causas com impacto social que tenham compromisso de transparência, governança e prestação de contas quanto aos recursos doados; e (b) ambiente econômico hostil a qualquer benefício ou incentivo fiscal adicional para eventuais doadores.”
De acordo com Flávia Poppe, Diretora do Instituto JNG, “nossa expectativa com esta importante parceria é oferecer à sociedade um modelo inovador de moradia para pessoas com deficiência, com a segurança jurídica necessária e um sistema de governança de qualidade. Na medida em que o mundo empreendedor passe a enxergar oportunidades em ações de impacto social, estaremos evoluindo como sociedade e fomentando um nicho de mercado que pode e merece ser melhor cuidado e planejado em benefício das futuras gerações.”
Para o professor André Mendes, Coordenador do NPJ, o atendimento ao Instituto JNG converge com os valores que pautam a atuação do NPJ da FGV Direito Rio: “A consultoria jurídica gratuita ao JNG é inovadora, liderada pelo talento do professor Carlos Augusto, e representa a vocação de responsabilidade social do NPJ. O JNG desenvolve trabalho de enorme relevância para a sociedade, com olhar específico para pessoas com deficiência intelectual. Esperamos poder contribuir com essa essencial agenda inclusiva”.
Instituto JNG debate moradias para pessoas com deficiência com subsecretário municipal do Rio de Janeiro
Flávia Poppe e Eliane Alves, do Instituto JNG, reuniram-se com Geraldo Nogueira, subsecretário municipal da Pessoa com Deficiência, Sylvia Crivella e um grupo de especialistas para debater moradias para pessoas com deficiência. Como resultado, será criado um Grupo de Trabalho, com a participação de cerca de 10 pessoas ligadas a organizações sem fins lucrativos que trabalham com autonomia e vida independente e líderes do movimento dos direitos das pessoas com deficiência. O objetivo do Grupo de Trabalho é discutir potencial modelo de moradia para PcD no Município do Rio de Janeiro, com incentivo da Prefeitura.
Instituto JNG discute autonomia da pessoa com deficiência intelectual no seminário internacional Rio TEAma: autismo tem tratamento
Flávia Poppe, diretora-geral do Instituto JNG,
participa do seminário internacional Rio TEAma no próximo dia 3 de abril, às
12h, no debate “Como o presente vai influenciar o futuro das
crianças com TEA?”. O evento reunirá
especialistas nacionais e internacionais, nos dias 2 e 3 de abril, na Cidades
das Artes, para discutir técnicas e perspectivas terapêuticas para os
indivíduos portadores do Transtorno do Espectro do Autismo – TEA.
No Brasil já existe uma rede de informações e suporte para
crianças com deficiência intelectual e suas famílias. Mas pouco se discute
sobre a vida adulta, depois da fase escolar. O Instituto JNG nasceu há 5
anos exatamente a partir da inquietação de mães preocupadas com o futuro de
seus filhos com autismo. Desde então, promove e defende a causa das moradias independentes
com suporte individualizado como forma de conquistar autonomia e
independência. Em março desse ano
começou a ser desenvolvido o projeto-piloto, pioneiro no Brasil, baseado no
modelo da Ability House, no Reino Unido. Flávia destaca como é impactante na nossa vida quando saímos da casa
de nossos pais, seja para trabalhar, para estudar, para casar. “Essa
transição é libertadora e fundamental. A moradia é estruturante, é na nossa
casa que a gente desenvolve nossa identidade, nossa independência, nossa
autonomia, onde organizamos as nossas coisas”, diz Flávia Poppe. “É um passo importante para a socialização,
para conquistar um trabalho, uma ocupação”, conclui.
Kátia Moritz, Denise Hardtt,
Janessa Dominguez, Paulo Liberalesso, Graciela Pignatari e Eduardo Faveret são alguns
dos palestrantes confirmados. Alysson Muotri, pesquisador brasileiro, professor e diretor do Programa de Células-Tronco da
Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), EUA, enviará uma
palestra gravada sobre o tratamento usando genética de ponta e células-tronco. Muotri é pioneiro em pesquisas que ajudaram a descobrir as causas e mapear
tratamentos mais eficazes para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
O Seminário Internacional Rio
TEAma celebra o Dia
Internacional da Conscientização do Autismo - https://www.un.org/en/events/autismday/ A data foi estabelecida pela ONU no dia 2 de abril, com o objetivo de conscientizar sobre a
importância de diagnosticar, tratar e inserir as pessoas autistas na sociedade,
reduzindo o preconceito que ainda existe.
SERVIÇO:
Seminário Internacional Rio
TEAma 2019 – Autismo tem tratamento
2 e 3 de abril de 2019, das
10h às 20h - Cidade das Artes, Rio de Janeiro
10h – 11h30- Dr. Paulo Liberalesso: “Comportamentos
autísticos: compreendendo os fundamentos, sinais e os sintomas e as mobilidades
de tratamento”.
11h45 – 13h30 - Kátia Moritz: “As crendices e
lendas sobre o Autismo”.
13h30 – 15h - Almoço.
15h – 16h30- Denise
Hardt: “Tratamento baseado em evidências”.
16h30 – 17h- Vamos
sobreviver: inspiração para pais e profissionais.
17h – 17h45 - Diogo Ventura
Lovato: “Genética e Autismo”.
17h45 – 19h - Graciela Pignatari
e Alysson Muotri (palestra gravada): “Como os mini-cérebros humanos
podem recapitular aspectos funcionais do cérebro em desenvolvimento”.
19h – 20h - Eduardo
Faveret: “Tratamento com Canabidiol e experiências no Brasil”.
Dia 3/4/19, quarta-feira
10h – 11h30 - Kátia Moritz: Treinamento
dos Pais.
11h30 – 12h – Aperitivos: manejo da ansiedade no TEA.
12h – 13h30- Roda
de conversa (perspectiva): Como o presente vai influenciar o futuro das
crianças com TEA, com Dr. Paulo Liberalesso, Dr. Jair Moraes, Flavia Poppe e Dayse Serra.
13h30 – 15h - Almoço.
15h – 17h - Dra. Janessa Dominguez
: Manejo de comportamentos agressivos e de prevenção e o impacto no
funcionamento do autista.
17h – 19h - Família Brito
Sales: Nicolas Brito Sales (“Tudo o que eu posso ser”), Anita
Brito (“TEA e Neurociência”) e Alexsander Sales (“O papel do pai e a
superação da família”).
19h – 20h - Encerramento e carta de compromisso - participantes
criarão um documento de mudanças pessoais que vão se comprometer a fazer para
modificar suas próprias dificuldades de lidar com pacientes ou familiares.
JNG lança campanha de financiamento coletivo para desenvolver projeto-piloto de moradia independente para pessoas com deficiência
JNG lança campanha de financiamento coletivo para desenvolver projeto-piloto de moradia independente para adultos com deficiência
Inédito no Brasil, projeto é uma evolução no conceito de autonomia e inclusão social
Segundo IBGE, são 2,6 milhões de pessoas com deficiência intelectual no Brasil
Modelo é baseado na britânica Ability Housing, que existe há mais de 20 anos
Projeto-piloto fica pronto em junho de 2019
Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2018. O Brasil já deu passos importantes na educação, na saúde e no primeiro emprego para a inclusão de jovens e adultos com todo tipo de deficiência, que são mais de 21 milhões de pessoas no Brasil. Apenas na cidade do Rio, são mais de 3 milhões de pessoas (Censo 2010).
Agora, é preciso avançar para que possam conquistar moradia adequada e acessível, qualidade de vida e exercitar seus direitos. Direitos, aliás, garantidos na Lei Brasileira da Inclusão.
Por isso, o Instituto JNG lança campanha de financiamento coletivo para desenvolver o projeto-piloto de moradia independente para pessoas deficiência intelectual, inédito no mercado brasileiro. O modelo será o da Ability House (https://www.ability-housing.co.uk/), no Reino Unido, que já existe há mais de 20 anos e é parceira do JNG desde a fundação do Instituto.
No evento de lançamento da campanha, que reuniu 60 pessoas no anfiteatro da PUC-Rio, Flávia destacou que a moradia é estratégia para autonomia e vida independente das pessoas com deficiência. É um passo importante para a socialização, para conquistar um trabalho, uma ocupação. Ela acredita que, ao focar nas necessidades e questões do deficiente intelectual, o projeto-piloto automaticamente pode ser adaptado a moradores com qualquer tipo de deficiência.
ELA lembrou como é impactante na nossa vida quando saímos da casa de nossos pais, seja para trabalhar, para estudar, para casar. “Essa transição é libertadora e fundamental. A moradia é estruturante, é na nossa casa que a gente desenvolve nossa identidade, nossa independência, nossa autonomia, onde organizamos as nossas coisas”, diz Flávia.
A diferença entre moradia independente e moradia assistida foi outro ponto fundamental esclarecido durante a palestra de Flávia.
A moradia urbana independente para jovens adultos com deficiência intelectual é uma evolução no conceito de autonomia e autossuficiência para essas pessoas, reduzindo as barreiras que impedem o convívio entre pessoas de todo o tipo e seus meios de se comunicar e viver em sociedade.
Os potenciais moradores e suas famílias terão papel fundamental nesse processo: o Instituto jng irá ouvir seus anseios, o que desejam e como imaginam ser a moradia ideal, para fazer valer o lema da Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência: “NADA SOBRE NÓS... SEM NÓS.”